30 de abr. de 2011

indiferente.
hoje acordei adormecido.

29 de abr. de 2011

das partes da vida.
pensei que eu fosse egoísta e descobri que tudo o que me faz feliz é somente dividir.

27 de abr. de 2011

olhos de nuvens carregadas.
lágrimas mudas de um tempo que se arrasta.
tempo desespera dor.

26 de abr. de 2011

dissipação do calor.
é a lei, o quente sempre perde para o frio.
do quente ao morno ao frio. as mãos frias amornam o abraço do coração quente.
todo o temporal lá fora parece que fez parar de chover no molhado aqui dentro.

21 de abr. de 2011

catarse. passar da dita para a desdita ao custo da libertação da alma.
partidos.
a dor da rejeição deve ser como a dor do parto. dela se parte para vida nova.
chá de sumiço de pensamentos. com dois torrões de açúcar. por favor.
não cabe a mim o fim que há muito tempo havia calado em ti.
purificação é quando se atinge o climax na indiferença. onde tanto faz. como tanto me fez.
o tombo dos amores.
a decepção tarda mas não falha.

20 de abr. de 2011

quando migalhas parecem banquetes para quem oferece o jantar.
no meio do caminho havia duas pedras. uma delas era eu.
fraquejante.
desespero temperado com água e sal nos cantos amendoados pela madrugada.

19 de abr. de 2011

catabolismos.
quando estiver assim sumirei. até do espelho.
cataclismos.
tudo passa. para isso existe o passado.

17 de abr. de 2011

a zero por hora entrei na contramão do tempo que voa.
derrotista.
se hoje só consegues ver fraqueza, amanhã o tempo te dirá que tudo não passou de luto. apenas.
ressonar sem saída.
existem palavras perdidas no labirinto de meus ouvidos.
é um não querer mais que um não me quer.

16 de abr. de 2011

sem saber com quem contar. conta com os dedos. já que foram-se os anéis.
camarote.
calou-se para o mundo por falta de gravidade. pois subiu e assiste tudo da lua.
deslocado. a vida poderia ser diferente mas ele só sabia sentí-la assim.
molhado.
quando verter olhos se torna a única alternativa para ver algum brilho.
nem que seja n'água.
era ainda criança quando a tristeza segurou firme sua mão e levou-lhe ao parque de diversões para ser adulto.
não há quem queira a tristeza como companhia que deita no colo.
nem eu me quis.
horizonte.
um dia ele cansou de ser triste. abriu a janela e correu até o infinito.

15 de abr. de 2011

como um estrangeiro que mora no estranho interior do céu nublado.
não há amor sólido sobre pilares de ausência.

10 de abr. de 2011

chuva pra lavar coração.

8 de abr. de 2011

descobri uma nascente de água salgada atrás dos olhos.
a tristeza combinou com o desapego:  união estável com comunhão total de males.
a tristeza é dona possessiva.
tormento.
problema é o grau elevado à potência de não se conseguir mais viver sob.
emagrecer.
tornar concreto o desejo de sumir.

7 de abr. de 2011

odeio-te mais que a mim mesmo.
só. um ser implícito num mundo descomplacente.
admiro-te.
mirando o tiro contra mim.
mesmo.
confio na vida como fosse num ser superior.
irresponsável nas mãos desse deus,
vivo agnóstico sobre mim.
acomodando o tempo das horas incomodadas.

6 de abr. de 2011

desalinhados destinos pré-destinados em desatinos.

5 de abr. de 2011

não dá mais pra viver
aqui dentro.
mudarei de mim mesmo.
não fossem as armaduras.
no abraço são corações que se tocam.

4 de abr. de 2011

no fundo.
vem me buscar.
aqui não dá mais pé.
encaixotando pensamentos.
algumas caixas ficarão vazias.
desesperos.
como conter a abstinência dos teus lábios?
eu me parti. amor.
quando colar-me entregarei a ti a razão do viver.
prometo.
não há maior força que a de um eclipse no alinhamento das emoções.
encobrindo tudo em sombras.
há noites onde o brilho da lua também perde a luz para a escuridão.

2 de abr. de 2011

só há perdão se existir vontade de superar.

1 de abr. de 2011

liberta-me dessa cadeia invisível que acompanha o sol sempre quadrado.
a covardia é o maior mal dos que amam sem saber como amar.