E no peito, um ponto final para exclamar.

a liberdade para ser, para amar, para crêr que tudo está por vir, enche meus pulmões de brisa da madrugada.

ela estava pronta. só lhe faltava a verdade na cara. pois a vergonha não tinha mais. aos poucos reconhecia sua face no espelho e via que a beleza estava lá e quem mais perdia era quem ignorava seu talento para amar, sofrer, rasgar e correr para um abraço.

maus ventos me sopram pra longe de ti. e lá me encontrarei.

e só não foram felizes para sempre porque sempre um não quis ser.

vidas desperdiçadas. começadas pelo fim. finalizadas pelo começo.

bomba relógio no travesseiro.
da arte de autodestruir-se mesmo em fuga da explosão.

amou-se tanto. que o tanto não restou nem pra mais nada.

à deriva. derivei de mim por tempos. mergulhei e faltou ar.

hoje não foi você. fui eu que me fiz chorar.

quando se podam galhos eles não voltam a crescer no mesmo lugar.
mas sempre buscam o Sol.