12 de jan. de 2012

catar(se).
fui catar-me
e me encontrei.

10 de jan. de 2012

permitir-se na vida
é sentir o vento da liberdade
encontrando-se em suas adjacências.
depois de maturar
fica mais intenso o amar.

9 de jan. de 2012

depois de tantas provações.
da vida provar com teu gosto
é porque somos parte um do outro.

7 de jan. de 2012

Acompanha-me nesta contradança?
hoje quero dançar
pela vida.
da arte de reapaixonar-se
e as noites tornarem-se
dias de sol.

6 de jan. de 2012

não tenho medo mais
de viver sem armadura.
despi-me de argumentos
pra ser só sentimento.
eu balança que sempre
pesei pensei penei
desequilibrei os pratos
pra viver meus instintos.

5 de jan. de 2012

não vou pressionar a vida
porque acredito na minha.
teu sorriso continua na minha boca.
segura minha mão
que eu te levo em mim
pra onde nunca fomos.

4 de jan. de 2012

há de ser assim.
calafrios ânsias enjôos
são parte do ritual
da purificação pra nova vida.
cumplicidade é o maior amor.
agora que tenho esperança
em meus olhos
fico sem teu corpo
pra refletir.
teu pedaço mais escasso
cabe em mim
como se fosse encomenda.
quero estar vazio
com vento nas veias.
aos poucos
a raiva pode virar
a moeda pra libertar
dessa prisão.

3 de jan. de 2012

eu que sempre gostei das noites
agora penso que são longas demais.
na angústia
pedalei a cidade inteira
pra engasgar com o vento.
um dia me disseram
que as nuvens não
eram de algodão
e que o amor pode
superar a razão
mas se não há amor
que ao menos as nuvens
sejam doces.
aquele eu
já era.

2 de jan. de 2012

enquanto reforça o alicerce
do teu muro de argumentos,
eu pulo meu muro de lamentos
pra correr no campo.
que o sopro dos bons ventos
no coração
leve-me longe até ali
na calmaria.